quarta-feira, abril 19, 2006

Infestação do Aedes aegypti em março caiu para 4,7%

CIDADE
quarta-feira, 19 de abril de 2006

ARTHUR FERNANDES
VALTER DE PAULA
COMBATE ao mosquito teve reforço de mais cinco veículos e três bombas costais
A análise por amostragem do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em 10% da área urbana e rural de Uberlândia apontou que a cada mil residências visitadas em março, pelos agentes que combatem a dengue, 47 tiveram mosquitos Aedes aegypti encontrados em quintais ou na parte interna das casas.
O índice de infestação domiciliar foi de 80%, ou seja, os mosquitos transmissores da dengue estavam no interior de 37 destas 47 casas. O percentual de 4,7% é superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 1% (ou dez casas com o mosquito da dengue detectado em cada mil residências verificadas).
"O maior índice de infestação do mosquito está no bairro São José, com 18%. Só que esta infestação predial em um bairro com seis quadras é menos significativo que um índice de 4%, por exemplo, em um bairro maior e mais populoso", pondera o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), José Carlos Arruda.
Os bairros com maior densidade demográfica e que têm os índices de infestação predial mais significativos são: Dom Almir (14%), Umuarama (11%), Carajás (10,6%), Cazeca (9,2%) e Lídice (9%). A Secretaria Municipal de Saúde quantificou 1.205 casos de dengue, no primeiro trimestre, em Uberlândia.
No entanto, com a intensificação do trabalho de prevenção e combate do CCZ e do aumento da conscientização da população, depois da divulgação dos números alarmantes sobre a doença em Uberlândia, nos primeiros três meses do ano, o índice de infestação predial caiu em relação ao apontado em janeiro - "que foi de 6,9%, considerado altíssimo", admite o coordenador do CCZ.
Entretanto, José Carlos Arruda contrapõe com outro dado mais recente. "Em março foi de 4,7%, ainda é acima do que estabelece o Ministério da Saúde. Mas é positivo cair de 6,9% para 4,7%", destaca. "Haver uma queda em janeiro, fevereiro e março é muito difícil. A redução no percentual aponta os resultados das ações e mobilização das autoridades e da comunidade", conclui.
Novos veículos
Para intensificar o combate ao mosquito da dengue, o Centro de Controle de Zoonoses recebeu da Secretaria de Estado da Saúde cinco caminhonetes para fazer a dispersão do UBV, conhecido popularmente como fumacê. Elas já são utilizadas desde quinta-feira e totalizam 13 veículos para a disseminação do veneno contra o mosquito Aedes aegypti. O Centro recebeu ainda mais três bombas costais, totalizando 11 no combate ao mosquito. "Elas são usadas para fazer o bloqueio em casas onde há casos de dengue constatados. Os agentes fazem a visita em nove quarteirões circunvizinhos à residência para bloquear a ação do inseto infectado", explica o coordenador do CCZ.
Morte
Na semana passada mais uma paciente morreu depois de ser diagnosticado um quadro de dengue clássica. Deusimar Macedo de Melo Silva, 47 anos, começou a passar mal na segunda-feira (10) e, na quinta-feira, foi internada na UAI do bairro Planalto. Segundo Mariana Miguel de Melo, filha de Deusimar, a mãe teve dengue clássica e na seqüência foi diagnosticada infecção de intestino, ocorrendo ainda uma parada cardíaca, causando a morte da dona de casa, na sexta-feira (14). De acordo com Mariana, a família não quis que fizesse autópsia para detectar a causa da morte.
No fim do mês passado foi registrada a primeira morte por dengue hemorrágica. Dia 28, um homem de 43 anos morreu depois de passar vários dias internado. A certidão de óbito registrada em cartório exibe o atestado médico em que confirma que o vendedor Flávio José Abdo Essim morreu em conseqüência de falência de múltiplos órgãos, septicemia e dengue hemorrágica.
Site de origem
http://www.jornalcorreio.com.br/v2/noticia_ver.aspx?id=14595&data=19/04/2006

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