sábado, fevereiro 18, 2006

Representante do FPOP de Uberlândia visita cooperativa na Lomba do Pinheiro


O Cidade acompanhou a visita da representante do Fórum Permanente do Orçamento Participativo de Uberlândia (FPOP), Maria de Fátima, à Cooperativa Habitacional Alpes do Pinheiro (COOHALPI). Lá, a equipe foi recebida por um dos organizadores da cooperativa e presidente do Conselho Municipal de Acesso à Terra, Espírito Santo, que contou um pouco da história da COOHALPI, mostrou o espaço e deu algumas dicas para quem quer iniciar um trabalho como o da COOHALPI. A COOHALPI existe desde 1994, quando servidores da Guarda Municipal de Porto Alegre decidiram iniciar a luta pela moradia. O primeiro passo foi organizar os servidores em forma de cooperativa para poderem comprar a área. Foi somente em 1999 que o projeto da cooperativa foi aprovado pelo município e, desde então, o trabalho dos cooperativados é buscar financiamento para construção das casas. Junto a isso, o grupo foi para o Orçamento Participativo demandar pavimentação, conquista alcançada em 2001.
A cooperativa, situado na Lomba do Pinheiro, na Avenida João de Oliveira Remião, quase em frente à futura CIENTEC, tem espaço para 250 moradias, com terrenos de 8m por 20m. Hoje, 71 lotes já estão ocupados, a grande maioria via Programa de Subsídio Habitacional (PSH) do Governo Federal. De acordo com Espírito Santo, é necessário ser funcionário do município de Porto Alegre para entrar na cooperativa. Há ainda a possibilidade de participar,
desde que indicado por alguém que já seja cooperativado. A renda mínima exigida é de 5 salários mínimos. Espírito Santo destacou que com R$30 mil é possível comprar o terreno (via pagamento parcelado) e construir a casa. A mensalidade de um cooperativado em 2006 será de, aproximadamente, R$259.
Segundo o coordenador da COOHALPI, o importante para formar uma cooperativa é reunir pessoas que queiram participar e realizar encontros de formação sobre o que é uma cooperativa, como funciona, quais as suas atribuições, qual o papel de um cooperativado, etc. Com isso, segundo Espírito Santo, é possível verificar quem realmente quer participar. A partir daí, é preciso construir um projeto, adquirir uma área, abrir a cooperativa para outros sócios e seguir com trabalhos de formação. O ideal para ele é estabelecer um grupo de 100 famílias.
Aproveitando a oportunidade, perguntamos qual a expectativa em relação à nova política do município em relação às cooperativas habitacionais, visto que está gravado no Plano Plurianual (PPA) uma verba de R$33 milhões para o fomento às cooperativas. Segundo Espírito Santo, a expectativa não é muito boa, pois o governo propôs alterar os critérios para distribuição de recursos via Orçamento Participativo para beneficiar novos grupos. De acordo com o relato do coordenador da COOHALPI, isto desarticularia o movimento social que milita neste tema. Dessa forma, tanto o Fórum Municipal das Cooperativas Habitacionais de Porto Alegre, quanto o Conselho de Acesso à Terra se posicionaram contrariamente a proposta do governo. Hoje, existem 67 cooperativas cadastradas em Porto Alegre e em torno de 300 em todo Rio Grande do Sul.
O e-mail de contato com a COOHALPI é coohalpi@brturbo.com.br
Site de origem:
http://www.ongcidade.org/site/noticias/noticias_completa.php?idNoticias=490
Data: 13/02/2006

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